Destacamos nesse item as personalidades tabapuanenses que têm destaque no cenário artístico do país. A seguir apresentamos o carnavalesco Chico Spinoza e o diretor Flávio Rangel.
Chico Spinoza
Francisco Carlos Soares Spinoza, nasceu em 02 de fevereiro de 1952 em Tabapuã. Mudou-se para São Paulo aos 12 anos de idade para dar continuidade aos estudos.
Interessado pelo universo artístico, seu primeiro trabalho foi em uma loja de tecido. Após demonstrar talento e interesse na área de moda, o proprietário da loja indicou Chico para a TV TUPI, onde trabalhou na novela Mulheres de Areia (1973) e depois em outras novelas na emissora, como O Machão (1974), Xeque-Mate (1976) e também no figurino do programa Chacrinha e Os Trapalhões.
Após o fechamento da emissora trabalhou como figurinista na TV Educativa e, depois, na TV Bandeirantes, onde assinou os figurinos de três novelas. Estreou na Globo em 1976 no programa humorístico Planeta dos Homens, também assinou figurinos do programa Viva o Gordo (1981). Na emissora também foi responsável pelos figurinos do programa Criança Esperança, Especial Roberto Carlos.
Chico Spinoza, como é conhecido no meio artístico, participa também ativamente dos desfiles das escolas de samba dos carnavais do Rio de Janeiro e São Paulo. Destaque para o desfile campeão em 1992 da escola de samba Estácio de Sá, cujo o enredo era “Pauliceia Desvairada – 70 anos de Modernismo”, onde assinou junto o cenógrafo Mário Monteiro.
Em 2017 participou com a escola de samba Estácio de Sá e se classificou em 3º lugar. No ano de 2018 irá atuar com a escola de samba Vai-Vai. E também participa como comentarista da rede Globo.
Flávio Rangel
Flávio Nogueira Rangel, nasceu em Tabapuã em 1934 e mudou-se aos 3 anos para São Paulo. Estudou direito mas parou quando assistiu um espetáculo de Nelson Rodrigues.
Em 1956 escreveu textos para teleteatros do Grupo Teatro Tupi e, se seguida sua profissionalização deu-se 1957 no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), companhia responsável pela modernização do teatro na década de 50.
Recebeu o prêmio da Associação Paulista de Criticos Teatrais em 1958 com a direção da peça “Juventude Sem Sono”, do americano Michael Vicente Gazzo. No ano seguinte dirigiu a peça “Gimba, o Presidente dos Valentes” que foi encenada no Teatro das Nações, em Portugal, Roma e Paris.
No ano de 1960 assumiu a direção do TBC e levou à cena “O pagador de promessas” e “A semente”. Conquistando, consecutivamente, os prêmios Saci, e Associação Paulista de Críticos Teatrais na categoria melhor diretor.
Escreveu em parceria com Millôr Fernandes em 1966, o espetáculo “liberdade, Liberdade”.
Durante um ato de protesto contra um pronunciamento do presidente Castelo Branco, no Rio de Janeiro, na Reunião da Organização dos Estados Americanos, foi preso, junto com outros intelectuais na época.
No ano de 1969 começa a escrever para o semanário O Pasquim, e no ano seguinte é preso novamente. Entre 1978 e 1984 escreveu para a Folha de São Paulo, dirigiu “Amadeus” e “Cyrano Bergerac”.
Flávio Rangel faleceu em outubro de 1988 em São Paulo. O diretor é homenageado pela sua cidade natal, Tabapuã, nomeando o Centro Cultural de Tabapuã.